Consumo e consciência, duas coisas que devem andar juntas

Quando você compra uma peça de roupa, você olha na etiqueta aonde que ela foi confeccionada? E o preço que você pagou por ela, achou justo? E o "verdadeiro" preço dessa peça, você sabe qual é?



O Netflix lançou a uns anos atrás o documentário de moda, The True Cost, que discute o que está por trás das grandes marcas de roupas, nesse caso a sua matéria prima e quem transforma elas no produto que compramos. Se você pensou em costureiras, piloteiras, bordadeiras ou pessoas que trabalham no ramo, sinto lhe informar que você está enganado. Essas mulheres estão longes de ser só costureiras, mas sim escravas que trabalham em condições precárias ganhando o mínimo do mínimo e que quando reivindicam os seus direito, acabam apanhando dos seus "donos" e até da polícia. Uma situação triste que infelizmente ainda ocorre em países menos desenvolvidos e, por incrível que pareça, já tivemos casos no Brasil.

Não vou dizer pra vocês que eu sou a pessoa mais consciente desse mundo, mas depois que assisti esse documentário fiquei observando a minha forma de consumo, como que eu analiso se eu preciso ou não daquela peça, se ela vale aquele valor que eu estou pagando, se mesmo ela sendo barata vai ter uma durabilidade boa e por ai vai. Uma das coisas que fiz logo após assistir The True Cost, foi verificar nas etiquetas das minhas roupas aonde que elas foram fabricadas e, para o meu espanto, a grande maioria delas foram feitas lá fora, se eu tiver 20 peças produzidas no Brasil é muito. E infelizmente essa não é só a realidade do meu guarda-roupa.


Mas então, o que podemos fazer para muda isso? Pra mim, a resposta está em comprar com consciência, olhar nas etiquetas aonde que ela foi fabricada (ok, eu sei que na hora a gente acaba esquecendo desse detalhe, mas não custa nada tentar, nem que você faça isso uma ou duas vezes), pensar bem se você precisa ou não daquela roupa ou apostar em marcas brasileiras. Pequenas coisas que vão te fazer consumir moda de uma forma diferente, sem contar que o seu bolso ($$) vai agradecer.

E sobre o consumo de moda, analisando a rotatividade de coleções que as fast fashion lançam, elas também são o ponto chave do verdadeiro preço que essas peças são confeccionadas e de quem que está por traz delas. Eu adoro comprar em fast fashion (não vou negar), sempre que vou à SP entro em uma para ver as últimas novidades e as vezes acabo indicando algumas peças no Instagram. Não vou falar que vou parar de comprar na C&A, Marisa ou Forever 21 porque estaria mentindo, mas vou tentar me policiar quanto ao que compro, olhar não só o fabricante mas também o tecido, preço e costura pra só ai decidir se levo aquela peça ou não.

Hoje já sentimos em maior escala os impactos que a natureza está sofrendo, e não é só por causa do Aquecimento Global, mas vários fatores contribuem para que tenha falta de d'água, aumento das temperaturas, crianças nascendo com problemas mentais ou físicos, pessoas contrariando todo tipo de doença e por ai vai. Devemos deixar de ser um pouco individuais e passar a pensar no coletivo, mesmo que só 1 ou 2 pessoas entre 10 mude o seu hábito de consumo.

É um trabalho de formiguinha? É um trabalho de formiguinha. Mas que aos poucos vai tomando seu lugar e mudando a nossa relação com o consumo. E se vocês gostam desse assunto, indico o blog Compra-se um fusca, da Marieli, ela fala sobre consumo consciente e muitas outras coisas bacanas. Vale a leitura! 
Comentários
6 Comentários

6 comentários :

  1. A primeira coisa que olho é o valor e depous a marca,mas tambem nao me apego a isso. E como voce falou temos que comprar com consciência. Amo comprar em brechos tem muitas roupas de marca baratas por la. Amei o post ❤

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    1. Oi Quelzy, eu também gosto de comprar e vender em brechós hahaha.
      Que bom que gostou do post.
      Beijos

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  2. Nunca vi esse documentário,mas ja acompanhei muitas reportagens sobre e sempre dá uma dor no coração :( É bem triste pensar que isso ainda acontece e concordo demais coma s dicas que você deu para tentarmos mudar isso

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    1. É triste mesmo Larissa e o que podemos fazer é evitar comprar dessas marcas, pra que não alimente ainda mais o trabalho escravo.

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  3. Eu só compro alguma coisa quando ela me faz realmente muita falta e opto sempre pelos produtos mais baratos!!

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    1. É isso ai, tem que comprar só o que é essencial. Você economiza dinheiro e faz um uso melhor das roupas.

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